Thursday, March 30, 2006

Cotações de hoje

Bells from the deep, Werner Herzog (vhs, videotecafestival) - ***
Little Dieter needs to fly, Werner Herzog (vhs , videoteca festival) - **1/2
Terror em Moscou (dvd, videoteca festival) - **

Wednesday, March 29, 2006

Desde já meu favorito pra ato mais medíocre do ano

A seguinte comunidade do Orkut foi aberta pela Família Falcão (nada a ver com o MV Bill... eu acho): http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10745610

O que fez o Kleber? Com IMENSA educação, escreveu uma crítica dizendo que não gostava do filme do papai Falcão. Nada que faltasse com o respeito, nem, er "acaba com as realizações das vidas de tantos outros, diminuindo o valor das obras de tanta gente bacana" (sic).

Já o pessoal bacana... bem, este disse que ele não é um ser humano, pelo simples fato dele cumprir o seu trabalho honestamente.

Uau. O mundo anda muito esquisito mesmo.
Das muitas coisas que eu não entendo...

Como pode dois cineastas abrirem um complexo de cinemas... e ele ter uma das projeções mais vagabundas de SP???

Ontem, tive que sair aos 20 minutos de projeção de Syriana no HSBC Belas Artes, porque estava insuportável. De presente, ganhei que ele vai passar no Odeon semana que vem! ha ha ha
Últimas cotações

Ponto Final - Match point, Woody Allen (Arteplex SP 4, revisão) - **1/2
Roberto Carlos a 300 km por hora, Roberto Farias (HSBC Belas Artes 2) - *1/2

E o trailer da Sofia Coppola, hein?? Que coisa mais... que coisa!

Tuesday, March 28, 2006

Cotações de segunda

Não tem dado tempo pra pensar em mais nada aqui em SP, exceto o É Tudo Verdade e a senhora, de forma que poucos outros posts acontecerão além das cotações (talvez só a surpresa de ver a Folha lançando uma polêmica contra o Alckmin - aí tem, né? - na mesma semana em que o PT segue mostrando que vai tentar fazer de tudo pra perder esta eleição - talvez apenas como um desafio auto-imposto).

The Power of Nightmares, Adam Curtis (MIS, projeção DVD) - * * * 1/2 (ahá, livre das amarras dos quadros, finalmente posso usar as meia estrelas!)
Capote, Bennett Miller (Arteplex SP 8) - * 1/2

Monday, March 27, 2006

Cotação de domingo

Lições da escuridão, Werner Herzog (CineSesc, revisão) - * *
(o filme acabou caindo em relação ao que eu tinha na memória, mas acho que principalmente pela comparação com outros do próprio Herzog)

Sunday, March 26, 2006

Gravando!

Videocassete prontinho: depois de uma edição claudicante, e cheia de novas dificuldades e desafios para os editores/diretores do Big Brother Brasil (a maioria deles criados pelo próprio BBB passado), terça passada, no paredão GustavoxAgustinho, o programa teve seu melhor episódio até agora.
Hoje, AgustinhoxMara promete. Pra quem gosta de dramaturgia, fitas na máquina!

Saturday, March 25, 2006

Finalmente entendi!

Blog é tipo o paraíso do filho único virginiano: você continuna isolado no seu mundinho esquisito, apenas você tem o direito de dividir uns pensamentos com as pessoas. Como se o que você pensa fosse muito importante pra elas.
Cumprindo a promessa

Filmes vistos, seguidos de cotações puras e simples (não se fala de cinema neste blog!)

Diamante Branco, Werner Herzog (visto no CineSesc, projeção em vídeo) - * * *
O Homem-urso, Werner Herzog (visto no CineSesc, projeção em vídeo) - * *

Hoje foi visto o wor-in-progress Crítico, do amigo Kleber Mendonça, em interessante sessão-debate no MIS. Como o work tá in progress, a cotação também fica.

Friday, March 24, 2006

Mas, agora falando sério...

http://www.youtube.com/watch?v=N2rZxCrb7iU&search=two%20chinese%20boys

sim, eu sou muito atrasado, mas num mundo com cada vez menos gênios da arte pra nos identificarmos, os verdadeiros talentos precisam ser difundidos.

(valeu, Pedro Cuia por me manter atualizado no que realmente importa!)
Lição lusitana

Como já se viu, este blog é movido a O Globo e Carta Capital. De fato, são as minhas duas fontes frequentes de notícias.
O Globo, por ser o único jornal do Rio (sério, o JB anda triste demais... no meu prédio me lembro dele dividir de igual pra igual as assinaturas com o Globo quando eu estava no colégio e via o jornal chegar às 6 da manhã... outro dia, ao chegar neste triste horário em casa, tinha um solitário exemplar do JB na porta do prédio, enrolado num saco plástico -parecia estar com um frio... ah, tem 36 apartamentos no meu prédio) .
A Carta Capital por ser a única revista semanal de informações do Brasil.

Ideologicamente, ou seja no que for, eu me colocaria confortavelmente distante dos dois, mas pelo menos eu consigo lê-los pra discordar.

E, como já dizia João César Monteiro, "eu pago mal a empregada pra manter acesa a chama revolucionária".
No meu caso, eu leio isso tudo pra mantar acesa alguma consciência crítica.
É só sucesso!

Sempre O Globo... ai, meu Deus, eu nunca tinha visto o quanto este jornal me ajuda na minha vida...

Segundo Caderno de ontem, matéria de Rodrigo Fonseca sobre o lançamento de A Máquina no cinema. (quem quiser saber o que eu penso do filme, leia em http://www.contracampo.com.br/75/amaquina.htm - não que isso tenha a ver com a matéria... eu acho) Lá pelo meio, repórter e cineasta se saem com uma sacada brilhante, especialmente pela novidade. Abre aspas:

"Falcão sabe que o assumido apelo comercial de seu longa-metragem — comprovado com o prêmio do júri popular no Festival do Rio 2005 — provoca rejeições.
— É tão antiga essa vergonha de fazer sucesso. Ainda existe o pensamento de que quanto mais o público despreza um filme, melhor é um cineasta. Mas não é só no cinema brasileiro que as coisas funcionam assim. Fora do Brasil também é desse jeito. E fora do cinema, não é diferente. Na música, por exemplo, um fulano será muito bacana até que ele venda 20 mil discos. E no teatro... Bom, aí, um artista será sempre legal até que ele passe para um teatro com ar-condicionado e deixe de ser visto apenas pelo pessoal da classe — diz o diretor, que tem créditos de músico no currículo."

bem, o único clichê tão grande quanto "o crítico é um cineasta frustrado" é este que volta e meia invocam: falou mal do meu filme porque tem inveja do meu sucesso.

para além d'eu achar genial este escorar-se num sucesso de público ANTES do filme, bem, ser um sucesso - o que não duvido que venha a ser, vista a exposição de mídia sobre ele - impressiona mesmo é a falta de disposição ao diálogo, de simplesmente sentar e ver o que afinal o crítico criticou no filme, de ver se este mesmo crítico já não elogiou trocentos sucessos de bilheteria antes na vida - em suma, a porqueira da argumentação barata é muito triste.

só faltou dizer que, bem, o crítico era um cineasta frustrado.

PS: sobre o sucesso antecipado, não ignoro a argumentação do texto segundo a qual
"Falcão sabe que o assumido apelo comercial de seu longa-metragem — comprovado com o prêmio do júri popular no Festival do Rio 2005 — provoca rejeições.

mas, simplesmente lembro alguns dos filmes que ganharam prêmios de júri popular no Festival do Rio: Onde a terra acaba, Bellini e a esfinge, Seja o que Deus quiser. se bilheteria não tem nada a ver com sucesso no sentido crítico, muito menos o prêmio do Festival do Rio indica algum "apelo comercial"
(mesmo Onde a terra acaba, que podia-se argumentar ser um documentário, portanto de acesso mais restrito, ganhou no festival do muito bem-sucedido Janela da alma).
Ainda pirataria???

Eu não sei vcs, mas eu acho que já era hora destas empresas multinacionais crescerem um pouco, não? (e, claro, eu não digo no sentido financeiro)

Em pleno 2006, me sai a EMI com um sistema "seguro" pros discos da Marisa Monte (segundo reportado em O Globo na terça) que impede que as músicas sejam copiadas pra itunes e ipod. A sugestão do dono da EMI pra quem quiser ouvir o disco que comprou no ipod? "Comprem as músicas no site do iMúsica".

Então, vamos ver se eu entendi: quem quiser comprar os discos piratas é só ir no Centro que eles estão lá e quem quiser pegar de graça, vai na web (afinal, este método não impede o roubo de sons, nem a copiagem do que se baixa no iMúsica - os discos abundam nos emules da vida, dizem - eu ainda não sei usar, não posso conferir, em termos de baixar música eu continuo preferindo que meus amigos baixem, selecionem, e eu copie deles). Já os poucos abnegados que ainda compram CD, ah, estes sim não podem passar os discos pra ipod e ouvir fora de casa. Que paguem duas vezes pela mesma música!

Que incentivo ao consumo! Que gênios do marketing!

Thursday, March 23, 2006

Eu menti, confesso...

Tá bom, eu confesso: não vou escrever sobre futebol aqui também... Porque logo logo estréio uma coluna sobre isso num site (aviso quando entrar no ar).

Em suma, vão ser inutilidades como estas abaixo mesmo.

E por hoje chega, né?
Dica de leitura do dia (ops, tarde demais)

Tem uma entrevista fantástica na Carta Capital desta semana... (xi, o cara fala mal do Globo num post, elogia a Carta Capital no seguinte... deve ser um petistinha de merda)

ahá! Mas a entrevista é de um deputado do PFL!

Sério mesmo, a entrevista do Roberto Brant é excepcional. Pena que não tá disponível online, porque a revista sai das bancas amanhã. Vale pedir emprestado pro coleguinha do lado...

Só pra dar os dois lados da versão, colemos algo do Globo agora (tenho certeza que as organizações Globo não vão reclamar de eu publicar aqui material deles), porque o texto do Veríssimo de hoje é a mais brilhante definição da política brasileira escrita em muito tempo (e, esta é a vida de um blogueiro de verdade: se vc não tem nada de inteligente ou novo pra escrever, copie de quem tem):


Times
Luiz Fernando Veríssimo

Foi neste verão que acabou. Decidiram que o futebol na praia seria entre esquerda e direita. Mota, o mais indiscutivelmente PT do grupo, escolheria um lado, Renê, reacionário assumido, o outro. No primeiro escolhido do Mota, já deu problema. O Martins apontou para o próprio peito e disse:
— Eu?
— É — confirmou o Mota. — Você não é de esquerda?
— Quié isso. Nunca fui.
— Você não era PT?
— Simpatizante. Mas isso faz tempo.
O Renê também teve dificuldades em escolher seu time. O Souza, por exemplo, reagiu:
— E desde quando eu jogo no teu time, Renê?
— Vai dizer, agora, que é de esquerda?
— Social democrata. Social democrata.
— Ó Souza! Eu te conheço do tempo da faculdade.
— Pois então? Se você me conhece sabe qual é a minha posição.
— Sei. Quero você pra jogar na direita.
— No seu time eu não jogo.
Ficou um clima ruim, e o Renê decidiu escolher outro. Apontou para o Melchiades, que também se rebelou:
— Essa não, Renê!
— Que foi?
— Eu de direita?
— E não é? Eu ainda me lembro de você...
Mas o Melchiades estava com as mãos espalmadas na frente do peito, pedindo para ele parar.
— Não me vem com passado, não me vem com passado.
— Você pode jogar na meia-esquerda.
— No time da direita eu não jogo.
René perdeu a paciência.
— Ninguém quer assumir que é de direita?
— Eu sou — disse o Alemão, que se chamava Bruno Almiro.
René suspirou. Sabia que o Alemão tinha até retrato do Hitler em casa. Mas o Alemão era muito ruim de bola. O Alemão, apesar de baixinho, só sabia dar pau.
— Desisto — disse o Renê.
O Mota aceitou o Souza no seu time, apesar de suas restrições históricas à social democracia. Não convenceu o Melchiades, que preferiu ficar fora do jogo. E custou a convencer o Jorginho a jogar no seu time.
— Pô, Jorginho. Você fez campanha pro Lula!
Jorginho finalmente aceitou, mas com uma condição:
— Sem compromisso.
Daí para diante foi impossível formar os dois times. Acabaram voltando ao velho esquema casados x solteiros, depois que os casados aceitaram que o gordo Paixão fosse para a zaga dos solteiros, já que o que havia entre ele e a Vanusa não podia ser chamado, exatamente, de casamento.
O GLOBO mata produtor, cineasta e pesquisador de cinema EUGÊNIO PUPPO

Tá lá no obituário de hoje (infelizmente só na versão impressa): ao lado do anúncio do falecimento de Primo Carbonari (cujo acervo de filmes Puppo pesquisa no momento), uma foto do acima mencionado.

Pobre Puppo - podia ter escolhido um lugar melhor pra morrer.

Tinha umas outras 3 ou 4 coisas pra comentar sobre O GLOBO de hoje (sei não, mas sinto que o jornal será assunto constante aqui), mas estou sem estômago ainda. Volto a elas em breve...
eu tenho medo da internet...

uau.

eu juro que quando eu criei o blog eu tinha uma ou duas idéias de coisas pra postar. e aí, resolvi começar com uma descriçãozinha e deixar ela no ar um dia e tal, pro pessoal ler direto o que eu pretendia e só depois postar.

vinte minutos de aviso no orkut sobre o blog... seis comments! isso é muito tenso pra mim...

agora me sinto na responsabilidade de escrever logo as coisas que eu queria escrever, pra não decepcionar tão ativo público-leitor.

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nhé, pensando bem, não... deixa pra depois mesmo.
1) O quê?
P: O que vai aparecer escrito neste blog?

R: Tudo que não se refira a minha vida pessoal, como eu estou me sentindo hoje, o diário da minha vida em suma;
Tudo que não se refere a cinema - sobre isso eu escrevo em outros lugares (pra não dizer que estou mentindo, vou colocar aqui uma referência rápidas aos filmes que assistir, seguido de uma cotaçãozinha de bola preta a 4 estrelas; mais pra arquivo meu mesmo que qualquer coisa);
Tudo que não se refere a mulheres - isso é assunto pra salões escuros e esfumaçados.

Como podem ver, basicamente eu vou escrever sobre futebol, único tema que sobrou.

2) Por que?
P: Por que diabos começar um blog quando eles já estão quase saindo da moda?

R: Por que não?

3) Quando?
P: Com que frequência se atualiza o blog?

R: E eu sei lá!

4) Como?
P: O visual vai ser tosco assim mesmo, sem fotos, com formatação padrão?

R: Vai. Blog é aquilo que se faz quando não se faz mais nada. Se dá trabalho/ocupa tempo, não é blog.

Vambora.