Obviedades que ninguém comenta

Caralho! Como é difícil andar de ônibus em SP. Eles demoram surrealmente, eles páram de passar cedo...
Eu adoro SP (única cidade do Brasil, que eu saiba, onde eu entro no metrô com um grupo de 3 góticos esbarrando na roleta com dois freis franciscanos), mas ela é uma cidade que desanda pro fascismo muito facilmente, e a história do ônibus tem tudo a ver com isso: a lógica é que quem precisa andar de ônibus só o faz durante o dia em dia de semana (leia-se, trabalhadores sem dinheiro que vêm para o Centro da Periferia). De noite, e nos fins de semana, ou você tem dinheiro pra pagar táxi ou tem carro. Senão, não tem nada o que estar fazendo na rua.

Claro, o Rio tem seu lado fascistinha (leia-se Ipanema/Leblon), mas nada que se compare, por exemplo, à Oscar Freire, onde todo brasileiro devia dar uma caminhada uma vez por mês pra se lembrar do país bizarro onde mora.